quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Estudo revela que as baleias das Galápagos são as que apresentam maiores níveis de contaminação

foto: Discovery News

As baleias que vivem perto das ilhas Galápagos apresentam níveis de poluição mais elevados do que as que nadam noutras zonas do Oceano Pacífico, concluiu um estudo divulgado recentemente na Environmental Health Perspectives, citado pela Discovery News. Recorde-se que as Galápagos são um sítio protegido pela UNESCO. Os poluentes detectados incluem o pesticida DDT, alguns hidrocarbonos e 30 tipos diferentes de polychlorinated biphenyls (PCB).


“A ingestão é a principal via de exposição das baleias, através dos contaminantes presentes na sua dieta”, explicou Celine Godard-Codding, uma das co-autoras do estudo, acrescentando que a absorção através da pele, por exemplo, após o derrame de óleo, é também uma importante fonte de contaminação.


Esta investigadora e os colegas analisaram a pele e o óleo de 234 machos e fêmeas de cachalote em cinco locais diferentes do Pacífico: o Golfo da Califórnia (México), as ilhas Galápagos (Equador), as águas entre as Galápagos e Kiribati, Kiribati e Papua Nova-Guiné. Os cientistas analisaram amostras de tecido à procura de CYP1A1, uma enzima que é afectada por determinados hidrocarbonos, e concluiram que, quanto mais expostas as baleias estão às substâncias poluentes consideradas no estudo, mais enzimas deste tipo são produzidas.


A presença de CYP1A1 é mais elevada nas baleias das ilhas Galápagos, logo seguida daquelas que vivem no Golfo da Califórnia. Os níveis mais baixos foram detectados nos animais que vivem nas águas mais distantes do continente. “Ficámos surpreendidos com o facto de os níveis mais elevados do biomarcador CYP1A1 terem sido detectados nas Galápagos”, sublinhou Celine Godard-Codding ao Discovery News. “Ainda não sabemos se isto reflecte níveis elevados de poluentes nas águas das Galápagos ou na cadeia alimentar destas águas”.


Celine Godard-Codding acrescentou que estas substâncias poluentes são “maioritariamente produzidas pelo homem” e “acabam por ir ter aos oceanos uma vez libertados no ambiente”. “Os oceanos são o último reduto para os contaminantes ambientais mais preserverantes”, explicou a mesma investigadora”.

ONG britânica oferece cursos para salva-vidas de baleia


Uma entidade britânica está oferecendo cursos para voluntários que queiram se tornar especialistas em primeiros socorros de mamíferos marinhos.
A ONG British Divers Marine Life Rescue (BDMLR) já formou 2.500 especialistas que ficam de prontidão em vários pontos do país para salvar mamíferos marinhos - entre eles, golfinhos e baleias - encalhados nas praias da Grã-Bretanha.
Segundo especialistas, o número de encalhamentos tem aumentado e atualmente chega a 500 por ano.
Em um caso recente, o diretor da entidade, o biólogo Alan Knight, viajou por terra, água e ar para atender a um chamado de emergência: uma baleia corcunda corria risco de vida porque sua cauda havia ficado presa em uma corda na região das ilhas Shetlands, na costa da Escócia.
Mas o resgate que empolgou os britânicos ocorreu em 2006, quando a BDMLR participou da operação de salvamento de uma baleia que ficou encalhada em um trecho londrino do rio Tâmisa.
A mega-operação, que teve participação também do corpo de bombeiros, da polícia e da autoridade portuária de Londres, foi transmitida ao vivo pela TV britânica.
Infelizmente, a baleia, da espécie Hyperoodon ampullatus, ou nariz de garrafa do norte, acabou morrendo.
Porém, em entrevista à BBC, Alan Knight disse que ele e sua equipe aprenderam lições valiosas com a experiência.
Estudos de patologia nessa e em outras baleias que morreram durante resgates nos ajudaram a entender o que acontece quando as baleias encalham na praia, disse o biólogo. Como resultado, nós mudamos nossos procedimentos.
Segundo Knight, quando os músculos da baleia se rompem, ocorre a liberação de uma substância chamada mioglobina, que bloqueia o funcionamento dos rins do animal, contribuindo para a sua morte.
Hoje em dia, sabemos que, para evitar o sofrimento do animal, devemos fazê-lo dormir antes de tentar resgatá-lo.
Encalhamentos
Estudos feitos por especialistas em todo o mundo mostram que as baleias, assim como outros cetáceos, estão sob crescente ameaça por atividades humanas.
Entre os perigos, estão redes de pesca lançadas por navios pesqueiros, choques entre barcos e animais e substâncias poluentes que enfraquecem sua imunidade.
No caso específico das baleias, os cientistas acreditam que o sistema natural de orientação que utilizam para navegar pelos mares esteja sendo perturbado pelos sonares de navios de guerra.
Isso poderia explicar, ao menos parcialmente, um aumento de 25% no número de encalhamentos registrado em anos recentes.
Tomando como exemplo o caso da baleia que encalhou no Tâmisa, Alan Knight especula:
Sabemos do que essas baleias se alimentam e sabemos que esse tipo de alimento não está disponível no Mar do Norte. Ela deveria ter cruzado pelo topo da Escócia, em direção às águas profundas do Atlântico Norte.
Acreditamos que ela estava tentando nadar para o oeste, seguindo a rota normal de migração, mas acabou entrando no Tâmisa. Aquela baleia já devia estar em sofrimento considerável quando desceu (para o Tâmisa), disse o biólogo.
Uma outra possível explicação, mais positiva, para o aumento nos encalhamentos, seria o aumento nas populações de baleias em consequência das restrições à pesca.
ONG
A BDMLR foi fundada em 1990 e se baseia inteiramente em trabalho voluntário, com membros de prontidão 24 horas por dia durante todo o ano.
A entidade treina especialistas em primeiros socorros de mamíferos marinhos e possui vários tipos de equipamentos posicionados em locais estratégicos em todo o país. Há barcos de resgate, dispositivos de flutuação para os animais e kits para desembaraçá-los de redes, entre outros materiais.
Alan Knight, que também é presidente da ONG International Animal Rescue, disse que não é necessária qualquer experiência prévia em mergulho ou em medicina para se tornar voluntário.
Eu encorajaria qualquer um a integrar nossa equipe. É uma experiência muito gratificante.
Para mais notícias, visite o site da BBC Brasil
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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Aquecimento global pode explicar recorde de baleias encalhadas


 2/12/2010
A temporada de migração de baleias jubarte no Brasil fechou o ano com um número recorde de animais encalhados nas praias. Até agora, foram 96 casos. Mais do que as 30 ocorrências registradas em 2009, segundo o Instituto Baleia Jubarte. O ano recorde até então era 2007, com 43 encalhes.
As baleias passam o verão do Hemisfério Sul se alimentando nos mares próximos da Antártica. E sobem para a costa brasileira para passar o inverno acasalando ou tendo filhotes. Nessa viagem, elas não se alimentam. Por isso, principalmente quando estão voltando, famintas e esgotadas, para o Sul, nos meses de agosto a dezembro, algumas acabam encalhando nas praias.
Os estados com maior número de baleias encalhadas são a Bahia, com 36 encalhes, e o Espírito Santo, com 30. O restante ficou distribuído em locais no Rio de Janeiro (8), São Paulo (7), Sergipe (4), Rio Grande do Norte (2), Ceará (2), Alagoas (2), Paraná (1) , Rio Grande do Sul (1) e Santa Catarina (3).
Apesar dos esforços de bombeiros, biólogos e voluntários para salvar as baleias presas na areia, a maior parte dos animais não sobrevive. Muitas, além de cansadas, estão feridas ou doentes. Mas a operação de salvamento vale a pena. Recentemente, os pesquisadores conseguiram localizar uma jubarte que havia sido salva anos antes.
O aumento no número de encalhes tem duas explicações. Uma delas é uma boa notícia: as populações que migram na nossa costa estão aumentando. As jubartes foram muito caçadas até a década de 1960 e tiveram sua população reduzida para algo como 5% a 10% do original. Durante anos não houve sinais de recuperação, mas a partir do final da década de 1990 a população começou a dar sinais de crescimento. A última estimativa, feita em 2008 pelo Instituto Baleia Jubarte, apontava para cerca de 9.300 jubartes na costa do Brasil com um crescimento em torno de 7% ao ano.
Mas o que faz as baleias encalharem são acidentes de percurso muitas vezes provocados pelas atividades humanas. Segundo o veterinário Milton Marcondes, diretor do Instituto, as principais razões são ferimentos por redes de pesca (muitas ilegais) ou doenças causadas pela poluição marinha. Além disso, suspeita-se que as baleias estejam com menos fonte de alimentação no Sul. E por isso comecem a migrar mais fracas. A fraqueza pode ser conseqüência da redução do krill, pequeno crustáceo que é a base da alimentação das baleias. O krill está sendo afetado pelo aquecimento das águas do Pólo Sul com as mudanças climáticas.
(Alexandre Mansur)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Conheça Paul Watson




PAUL WATSON

Eu me sinto honrado em servir às baleias, golfinhos e focas – e todas as outras criaturas desse planeta. Sua beleza, inteligência, força e espírito têm me inspirado. Esses seres têm conversado comigo e me tocado e eu fui recompensado com a amizade de muitos membros de diferentes espécies.
Se as baleias sobreviverem e se desenvolverem, se as focas continuarem vivas e dando à luz e se eu puder contribuir para garantir sua prosperidade futura, serei eternamente feliz.”
- Paul Watson
Capitão Paul Watson
Fundador da  Sea Shepherd Conservation Society
Co-fundador e diretor da Fundação Greenpeace
Primeiros anos
Paul Watson nasceu em Toronto, Canadá, em 02 de dezembro de 1950. Aos seis anos de idade mudou-se com sua família para a cidade pesqueira (lagostas) de St. Andrews-by-the-Sea, em New Brunswick. Mais velho de sete filhos, Watson viveu lá até janeiro de 1964, quando sua mãe faleceu e seu pai retornou com a família para Toronto. Seu pai, Anthony Joseph Watson, era um franco-canadense nascido em New Brunswick, Canadá. Sua mãe era Annamarie Larsen,  filha de um artista dinamarquês, Otto Larsen e da canadense Doris Phoebe Clark.
Em 1960, Watson foi membro do Kindeness Club, fundado por Ainda Flemming em New Brunswick. Após armadilhas matarem um de seus amigos castores, Watson anunciou (aos nove anos de idade) que confiscaria e destruiria armadilhas do tipo leghold[1]. Ele soube também perturbar os caçadores de patos e cervos e outros garotos, para evitar que atirassem em pássaros.
Em 1967 Watson saiu de casa para trabalhar na Expo 67 em Montreal e rumou para Vancouver onde trabalhou como bombeiro no navio a vapor Canadian Pacific Princess Marguerite.  Em 1968, Watson entrou para a guarda costeira canadense. Seu primeiro navio foi a plataforma meteorológica C.C.G.S. Vancouver. Em 1969, Watson entrou para a tripulação do cargueiro norueguês Bris, em uma viagem pela Ásia e África. As viagens feitas desde cedo com canadenses, noruegueses, suecos e a marinha mercante britânica forneceram experiência em todos os oceanos do mundo, incluindo tufões no mar do sul da China, tempestades na faixa de icebergs no Atlântico Norte e navegação em zonas de guerra do Golfo Pérsico. Ele serviu a guarda costeira canadense por dois anos em sua juventude nas plataformas meteorológicas,  balizadores e na busca e resgate de hovercrafts.
Os dias no Greenpeace
Watson foi um dos co-fundadores da Fundação Greenpeace. Em outubro de 1969, seu envolvimento começou quando ajudou a organizar uma viagem pela costa canadense e americana para protestar contra os testes nucleares feitos pela Comissão de Energia Atômica  na ilha Amchitka.
Alguns dos participantes do protesto organizaram um pequeno grupo para trabalhar em mais idéias para combater os testes em Amchitka. O grupo foi chamado de  Comitê “Não faça onda” e era composto primeiramente por membros do Sierra Club e da Sociedade de Amigos (Quakers). Watson, membro do Sierra Club, foi motivado a protestar contra os testes em Amchitka por conta de sua preocupação com a vida marinha selvagem do local.
Em outubro de 1971, o comitê “Não faça onda” patrocinou a viagem do Greenpeace I. O Greenpeace I era um navio de pesca de 85’ formalmente conhecido como Phyllis Cormack. O navio partiu de Vancouver, British Columbia, com destino à ilha Amchikta (sob o comando do Capitão John Cormack), com a intenção de navegar pela zona de testes. Havia treze voluntários a bordo, incluindo Robert Hunter, Rod Marining e Lyle Thurston. Três décadas depois, esses três ainda estariam navegando com o capitão Watson pelas campanhas da Sea Shepherd.
Os testes foram suspensos e depois de um mês no mar, o Greenpeace I voltou para Vancouver.
Nesse meio tempo, uma segunda viagem foi organizada. O caça-minas canadense Edgewater Fortune foi reformado. A viagem foi batizada de Greenpeace Too. Um de seus tripulantes era Watson. A Greenpeace Too passou pelo Greenpeace I próximo ao Rio Campbell e seguiu para o norte do Alaska – primeiro para Juneau e depois para mar aberto, pelo Golfo do Alaska até as ilhas Aleutas.
Os testes nucleares foram atrasados para frustrar a viagemd o Greenpeace I, entretando, o Comitê americano de Energia Atômica adiantou a próxima explosão para evitar o Greenpeace Too. A explosão de cinco megatons foi detonada sob a ilha Amchitka enquanto o Greenpeace Too ainda estava algumas centenas de milhas distante.
A polêmica causada pelas viagens do Greenpeace levou à decisão de cancelar os testes complementares e a detonação de novembro de 1971 foi o último teste nuclear a ter espaço em  Amchikta.

Em 1972, o comitê “Não faça onda” pegou o nome dos dois navios da primeira campanha e se rebatizou de Fundação Greenpeace.
Watson foi um dos membros fundadores e diretores do Greenpeace. De fato, ele foi oficialmente o oitavo membro fundador. Robert Hunter foi o primeiro e seu numero de inscrição vitalício foi 000. Sua esposa, Roberta Hunter foi a segunda e sua inscrição era 001. O número de inscrição oficial de Watson era e continua a ser 007.
Em 1972, Watson comandando o pequeno barco Astral, do Greenpeace, colocou-o em rota de colisão com o porta-helicópteros francês, o Jeanne D’Arc, no porto de Vancouver. Este foi um protesto contra os ensaios nucleares franceses no Atol de Mururoa, no Pacífico sul. O Jeanne D’Arc foi forçado a mudar de rumo. O Astral mudou de rumo e manteve a meta – emparelhado com o navio de guerra, forçando o Jeanne D’Arc a parar.
Em 1973, Watson e David Garrick, representaram o Greenpeace durante a ocupação de Wounded Knee, Dakota do Sul pela American Indian Movement. Os dois foram voluntários para AIM, com Watson a trabalhar com os médicos e a contar as histórias de Robert Hunter para o Sun Vancouver.
Em 1974, Watson, Robert Hunter, o Dr. Paul Spong, e outros, organizaram a primeira campanha do Greenpeace em oposição à caça as baleias.
Em 1975, Watson serviu como primeiro-oficial   com o Capitão John Cormack na viagem para enfrentar a frota baleeira soviética. Em junho de 1975, Robert Hunter e Watson foram as primeiras pessoas a colocar suas vidas na linha para proteger as baleias, quando Watson colocou seu inflável Zodiac entre um navio-baleeiro russo e um grupo de cachalotes indefesas. Durante o confronto com o baleeiro russo, um cachalote foi arpoado e agonizava, indo em direção ao pequeno barco de Watson. Watson reconheceu um lampejo de entendimento no olho da baleia agonizante. Ele sentiu que a baleia sabia o que estavam tentando fazer. Ele observou que o leviatã magnífico soltou seu corpo longe do seu barco, caiu sob as ondas e morreu. Alguns segundos de olho-no- olho com esta baleia agonizante mudaram sua vida para sempre. Ele prometeu tornar-se um defensor ao longo da vida das baleias e de todas as criaturas do mar.
Em 1976, Watson serviu novamente como primeiro-oficial na viagem  Greenpeace V.  O caça-minas canadense James Bay foi transformado. Mais uma vez, a tripulação enfrentou a frota baleeira soviética, ao norte do Havaí.
Logo após a campanha das baleias, Watson e David Garrick organizaram e lideraram a primeira campanha do Greenpeace para proteger as focas-da-groenlandia e as focas-de-capuz na costa leste do Canadá. Durante esta campanha, Robert Hunter e Watson pararam um grande navio de caça, o Endeavor Artic, ficando em seu caminho sobre o gelo.
O relato da campanha feito por Watson foi publicado no jornal  Geórgia Straight  e intitulada Pastores da costa de Labrador. Foi este artigo que inspirou o nome da Sea Shepherd, alguns anos depois.

Em 1977, Watson liderou a segunda campanha do Greenpeace a opor-se à caça às focas na costa de Labrador, desta vez trazendo a  estrela de cinema Brigitte Bardot para as massas de gelo para chamar a atenção internacional para a matança de focas.
Mais tarde, nesta campanha, em um esforço para forçar o navio de caça às focas a parar, Watson algemou-se a uma pilha de peles de focas que foram anexados ao guincho do navio. Quando os caçadores viram o que tinha feito, eles arrastaram a pilha de peles através do gelo, em seguida, no ar, batendo-a contra o casco do navio. Então, mergulharam as peles nas águas frias várias vezes,  levando Watson a perder a sensação  de seus membros e a perder a consciência. Finalmente, quando os oficiais do  Ministério da Pesca chegaram ao local, ele foi amarrado a uma maca e içado a bordo, onde os caçadores quase o sufocaram,  pressionando gordura de foca em seu rosto e, em seguida, arrastando-o através do deck suja de  gordura e sangue, chutando-o ao longo do caminho.
Em junho de 1977, Watson deixou a Fundação Greenpeace por causa de desacordos sobre táticas e sobre a estrutura burocrática emergente da organização. Patrick Moore tinha substituído Robert Hunter e se opôs às campanhas de ação direta. Moore informou a Watson que ele não estava autorizado a liderar outra campanha em defesa das focas.
Watson deixou o Greenpeace porque sentiu que os objetivos originais da organização estavam sendo comprometidos, e porque ele viu uma necessidade global de prosseguir as atividades de conservação com ações diretas em alto mar por meio de uma organização que forçasse o  cumprimento das leis que protegem a vida marinha.
Atendendo a essa necessidade, nesse mesmo ano, Watson fundou a Sea Shepherd Conservation Society – dedicada à pesquisa, investigação e aplicação das leis, tratados, resoluções e regulamentos estabelecidos para proteger a vida marinha em todo o mundo. Em dezembro de 1978, com a ajuda de Cleveland Amory e do Fundo para Animais, Watson adquiriu um navio-arrastão da Grã-Bretanha e o modificou para  ser a frota de conservação da Sea Shepherd.
A primeira viagem da Sea Shepherd foi em março de 1979 – o destino era o Golfo de St. Lawrence, na costa leste do Canadá para divulgar a caça de focas canadenses, utilizando táticas de ação direta para salvar as focas. Grande parte do resto do ano foi dedicado ao fim da carreira do famoso navio de caça às baleias Sierra.
 
Ady Gil
Ativismo
Ao longo dos anos, Watson exibiu uma notável diversidade em seu ativismo. Além de ser um co-fundador do Greenpeace, em 1972, do Greenpeace International, em 1979, e fundador da Sea Shepherd em 1977, Watson foi correspondente de campo para a Defensores da Vida Selvagem, entre 1976 e 1980. Ele foi um representante de campo para o Fundo de animais entre 1978 e 1981, e um representante da Sociedade Real para a Proteção dos Animais em 1979. Ele foi co-fundador da Sociedade Ambientalista Earthforce em 1977 e da Friends of the Wolf, em 1984. A primeira filiação de Watson no Sierra Club foi em 1968 e permanece como apoiador do Sierra Club desde então. Watson foi eleito para o Conselho Nacional Americano do Sierra Club. servindo como um diretor de 2003-2006.
Educação e Apresentações Públicas
Watson se formou em comunicação e lingüística na Universidade Simon Fraser na Columbia Britânica. Ele fez  inúmeras palestras em universidades de todo o mundo, e foi professor de ecologia em Pasadena College of Design, de 1990 até 1994. Watson também foi instrutor do programa de menções honrosas da UCLA em 1998 e 1999. Atualmente, Watson é palestrante registrado da Jodi Salomon Speakers Bureau of Boston, e regularmente faz apresentações em faculdades e universidades nos Estados Unidos, e em eventos especiais por todo o mundo.
Política 
Na frente política, Watson concorreu a membro do Parlamento Europeu para o Vancouver Centre, nas eleições federais canadenses. Ele passou duas vezes pelo Partido Verde. Ele também foi candidato na chapa do Partido Verde para a Câmara dos Parques de Vancouver   em 1987 e para prefeito de Vancouver, em 1995.
Prêmios e condecorações
Watson recebeu muitos prêmios e elogios ao longo dos anos. Em 1996, Watson foi premiado com um título de cidadão honorário da cidade francesa de St. Jean Cap Ferrat. Antes disso, ele se tornou cidadão honorário de Florida Keys em 1989. Outros prêmios incluem o de Ambientalista do ano, entregue pela TV da cidade de Toronto City em 1990, o Prêmio Genesis em 1998, e foi registrado no hall da fama da Animal Rights americana em 2002. Ele também foi premiado com o H.W. George Bush Daily Points of Light Award em 1999 por seus esforços voluntários com o ativismo para a  conservação. Ele foi escolhido pela revista Time como um dos heróis ambientalistas do século XX no ano de 2000.
Trabalhos Publicados
Watson é autor de livros e um escritor compulsivo.  Seus títulos publicados incluem: Pastores do Mar* (1979), Sea Shepherd: minha luta por baleias e focas* (1982), Cry Wolf* (1985), Earthforce! (1993), Ocean Warrior (1994), e Seal Wars (2002).
* Estes livros estão esgotados e só podem ser encontrados através de sebos
Pessoal 
Watson tem um filho, Lilliolani Paula Lum Watson, nascido em 1980 ( “Lani”, de 1 ano de idade, é mostrada a seguir com sua mãe Starlet Melody Lum).
Compromisso continuado
Watson tem servido como Comandante em sete diferentes navios da Sea Shepherd desde 1978. Ele comanda atualmente o carro-chefe Steve Irwin. Ele continua a liderar campanhas Sea Shepherd para proteger a fauna marinha indefesa em todo o mundo – clique aqui para ler tudo sobre o ano da Sea Shepherd.

[1] A armadilha do tipo leghold é composta de duas mandíbulas, uma mola e um gatilho no meio. Quando o animal pisa no gatilho, a armadilha se fecha em volta da perna, prendendo-o. As mandíbulas se prendem acima da pata, impedindo que ele escape.
Geralmente algum tipo de isca é usado para atrair o animal ou é colocada na trilha dele. (Fonte: http://enextranet.animalwelfareonline.org)

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Fonte: http://seashepherd.org.br/paul-watson/#_ftn1

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Baleias, encontradas mortas em praia na Irlanda em Ruthland Island


Baleias foram encontrados mortas em Ruthland Island, ambientalistas estão tentando encontrar as principais causas da morte de 35 baleias na costa da Irlanda do Norte em Ruthland Island, no noroeste do país, neste sábado. Na sua maioria são baleias fêmeas e seus filhotes.Simon Berrow, membro de um grupo irlandês de proteção a baleias e golfinhos, disse que o episódio é uma das maiores mortes em massa de baleias na Irlanda.Nos anos 1960, 60baleias morreram na costa oeste de Kerry; e 35 a 40 animais foram encontrados mortos no norte de Kerry, em 2001.Ambientalistas suspeitam que equipamentos da Marinha britânica possam ter interferido no sistema de navegação das baleias, fazendo com que encalhassem. Uma equipe de investigadores do centro Galway/Mayo Institute of Technology visitou o condado irlandês de Donegal, onde as baleias encalharam, para procurar as causas para o ocorrido em Ruthland Island, esperamos que encontrem as causas para prevenir novos casos de morte em massa de baleias.

Radiação solar está queimando a pele de baleias


De acordo com estudo, redução da camada de ozônio é o motivo da incidência de machucados ao longo do corpo dos animais

Foto: © AP
Imagem mostra pele empolada de uma baleia azul

Cientistas disseram que algumas baleias da costa do México estão apresentando sinais de queimaduras de sol, provavelmente causadas pela diminuição da capacidade da camada de ozônio de bloquear a radiação ultravioleta.
Os mamíferos marinhos são especialmente mais vulneráveis aos danos causados pelo sol, em parte, porque eles precisam passar longos períodos na superfície do oceano, seja para se socializar, respirar, ou alimentar filhotes. Outro fator importante é que eles não têm pelos ou penas, o que deixa a pele ainda mais exposta à radiação solar.

Laura Martinez-Levasseur, da Sociedade Zoológica de Londres, passou três anos estudando as baleias do Golfo da Califórnia. Ela tirou fotos das baleias para verificar algum machucado visível e também coletou amostras da pele dos animais para a análise celular.

Os resultados parecem confirmar as suspeitas iniciais: os animais apresentavam lesões associadas a danos causados pelo sol, e muitas das suas amostras de pele revelaram padrões de células mortas associados com a exposição à radiação ultravioleta emitida pelo sol.

Assim como em humanos, as baleias de pele mais clara apresentaram mais dificuldade em lidar com o sol. Baleias azuis tinham danos mais graves na pele em comparação com baleias cachalote ou baleias-fin, mesmo que passassem menos tempo na superfície.

De acordo com o estudo, a descoberta salienta o perigo associado à diminuição da camada de ozônio, que protege a Terra contra os raios ultravioletas, e que há anos vêm sendo reduzida por gases causadores do efeito estufa como metano, dióxido de carbono. 

O risco dos raios solares para as baleias é apenas mais um desequilíbrio ambiental. Todas as espécies pesquisadas neste estudo são considerados em perigo ou vulnerável pela União Internacional para Conservação da Natureza. Se for comprovado que as feridas na pele da baleia estão se tornando câncer, "isso poderia ser uma ameaça séria", segundo Simon Ingram, professor de Conservação Marinha na Universidade de Plymouth, Inglaterra, e que não estava envolvido com o estudo.

A pesquisa não encontrou indícios de cancer de pele nas baleias estudadas, porém Martinez-Levasseur ressalta que apenas pequenas amostras foram coletadas dos animais. 

Ela disse que um de seus próximos projetos será examinar como as células das baleias se comportam com o aumento da radiação ultravioleta, e se a pigmentação delas escurece como resultado de seu tempo gasto na exposição solar -- basicamente, se as baleias estão se bronzeando.
O estudo “Humanos podem vestir roupas ou usar óculos de sol, baleias, não” foi publicado no periódico científico Proceedings of the Royal Society B.
(Com informações da AP)



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Baleia é encontrada viva oito anos depois de ser desencalhada


É a primeira vez que cientistas brasileiros confirmam um resgate bem-sucedido de animal encalhado

                                               Rafael Corrêa
Pesquisador se prepara para atirar dardo em baleia avistada no litoral sul da Bahia. A flecha é utilizada para recolher amostras de pele do animal. A análise do material, colhido em 2008, confirmou que se tratava da mesma baleia que foi desencalhada de uma praia em Ubatuba, em 2000 (Kátia Kroch/IBJ)



Depois de dois anos de espera na fila de análises do laboratório, os pesquisadores do Instituto Baleia Jubarte (IBJ) receberam nesta semana os resultados do exame do material genético de uma baleia avistada em 2008, no Banco de Abrolhos, no litoral da Bahia. Os dados batem com amostra colhida de um animal encalhado que foi resgatado vivo de uma praia em Ubatuba, no litoral de São Paulo, dez anos atrás. É a primeira vez que cientistas brasileiros obtém uma confirmação genética de que um resgate de baleia encalhada foi bem-sucedido.
A notícia é animadora para os pesquisadores porque 2010 se tornou o ano recorde de encalhes de jubartes. Até agora, 95 animais encalharam na costa brasileira. Somente nove deles estavam vivos e apenas um foi devolvido ao mar com vida.
O resgate é complicado porque os animais têm dificuldade para respirar fora da água e podem sofrer uma parada cardíaca quando ficam muito tempo presos na areia. Além disso, as baleias costumam estar doentes e debilitadas quando encalham, o que reduz as chances de sobrevivência, no caso de um possível resgate. “A confirmação da sobrevivência desta baleia mostra que, apesar das baixas chances de sucesso, todos os esforços valem à pena”, disse Milton Marcondes, médico veterinário e diretor de pesquisa do IBJ.
Até hoje apenas três baleias com mais de 10 metros de comprimento foram devolvidas ao mar com vida, no Brasil: uma em Saquarema (RJ), em 1991, outra em Florianópolis (SC), em 1998, e a de Ubatuba, que encalhou em 2000. Na epóca, o animal tinha onze metros de comprimento, pesava cerca de dez toneladas de peso e aparentava estar saudável. Foi resgatado depois de doze horas, numa operação que envolveu um barco rebocador e quase cem pessoas, entre biólogos, bombeiros, pescadores e moradores.
Hugo Gallo/Aquário de Ubatuba
Baleia jubarte, com 11 metros de comprimento e cerca dez toneladas de peso, que encalhou na praia do Bonete, em Ubatuba (SP), em 2000. Animal foi resgatado com vida por pescadores e bombeiros.



terça-feira, 2 de novembro de 2010

Jovem australiano multado por se pôr em cima de uma baleia

Uma rapaz australiano, que foi fotografado em cima do dorso de uma baleia ao largo de Albany, garantiu aos jornais que desconhecia que o seu acto era ilegal, de acordo com a agência AFP. Contudo, foi alvo de uma advertência por parte de um juiz e obrigado a pagar uma multa de cerca de sete mil euros, uma vez que não teve intenção de perturbar o animal.

Sam Metheson, de 14 anos e com apenas 57 quilos, nadava com um amigo na praia de Middleton, em Albany, 420 quilómetros a sul de Perth, quando se apercebeu que o mamífero estava muito perto da costa e decidiu aproximar-se, contou, hoje, ao jornal australiano Sunday Times.

“Aproximei-me e toquei-lhe com os braços, mas não mais do que 20 a 30 segundos, com água da minha altura”, contou. “A pele dela fez-me lembrar o couro, o couro liso e suave. Não tive medo. Era apenas uma baleia”, acrescentou. De acordo com o jovem, a baleia, que deveria medir cerca de 14 metros de comprimento, limitou-se a olhá-lo. “Depois, ela levantou a cauda e mergulhou e eu nadei, sem problema, até às rochas”, disse Sam Metheson.

O problema veio depois. O jovem foi fotografado em cima do dorso da baleia por uma fotógrafo amador, ignorando que o seu acto era ilegal. A lei australiana proibe que se perturbe espécies ameaçadas e obriga a manter uma distância mínima de 30 metros. “Se eu soubesse que assim era, não me teria aproximado”, garante Sam, um mês depois do sucedido, para esclarecer os mal-entendidos e os rumores que entretanto se espalharam sobre a sua aventura..

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Encalhe de Baleias: O que Podemos e o que não Devemos Fazer?



A visão do triste espetáculo de uma baleia encalhada costuma provocar em nós a ânsia de ajudá-la e, quem sabe, até salvá-la da morte. E não é difícil explicar as correntes humanas que se formam para ajudar esses cetáceos ou as aglomerações comovidas pela impotência diante do sofrimento do animal. Mas, diferente do que gostaríamos, esse é um evento da natureza sobre o qual o homem pouco pode interceder.
Dos esporádicos casos de encalhes de grandes cetáceos vivos acontecidos nos últimos 20 anos, muito poucos resultaram em desencalhe. Ainda assim, grande parte do êxito nesses poucos casos de sucesso deve-se quase que exclusivamente às condições da maré e da praia em que o animal encalhou. Ou seja, a interferência do homem não faz parte dos fatores que ditam a sorte da baleia encalhada.
Pode-se empurrar ou puxar uma baleia encalhada?
Como ainda não existem equipamentos adequados, as bem intencionadas manobras para empurrar ou puxar o animal resultarão em inócuas tentativas improvisadas de resgate, estresse ou mesmo danos à sua estrutura corporal. Quem frequenta a praia sabe que um homem adulto de 80 kg sentado na areia na beira da água cria um buraco e afunda na medida em que as ondas batem. Nessas circunstâncias, empurrar ou puxar, na tentativa de “desencalhar” essa pessoa, não são as melhoras medidas, mas sim levantá-la. Com uma baleia pesando dezenas de toneladas e sem nenhuma intenção de ajudar, é impossível arrastar ou levantar.
O que podemos fazer?
A melhor ajuda que podemos dar a uma baleia encalhada é isolar a área para que os curiosos e bem intencionados não atrapalhem ou machuquem o animal e mante-lo constantemente molhado. Com raras exceções, somente a sorte e a própria natureza podem interceder a favor da baleia nesse momento. Somente ela poderá tentar desencalhar-se sozinha. Se não conseguir desencalhar-se em até 24 horas, o enorme estresse e os danos provocados em sua estrutura física e em sua fisiologia, que não foram projetados para suportar tamanho peso e compressão fora d’água, passam a determinar seu fim. Quando o animal encalha na maré alta, seu desencalhe é praticamente impossível – caso da baleia que encalhou ontem em Geribá.
Porque as baleias encalham?
As causas naturais do encalhe de baleias podem ser as mais variadas, indo de doenças que provocam problemas no senso espacial a equívocos ou inexperiência no cerco de um cardume de sardinhas. Contudo, não podemos nos esquecer que o encalhe de baleias sempre foi e sempre será um evento incomum da natureza do qual os homens não participam.
Porque houve aumento de encalhe de baleias?
O aumento do número de baleias encalhadas, curiosamente, tem a ver com o aumento das populações de baleias no litoral brasileiro. Graças à proibição da pesca da baleia e ao excelente trabalho de proteção e preservação que vem sendo realizado há mais de 18 anos pelo Projeto Baleia Jubarte e pelo Projeto Baleia Franca, a quantidade de baleias que hoje nadam ao longo do nosso litoral em suas rotas migratórias aumentou bastante, o que também aumentam as chances de um encalhe.
Autor:  Marcelo Szpilman

Rede mundial libera alerta urgente sobre o fim das baleias nos oceanos


Existem apenas pouco mais de 300 baleias azuis e ela poderá desaparecer de vez dos oceanos
A rede de mobilização global Avaaz (Voz), com base na internet, divulgou nesta quarta-feira um alerta mundial para o risco de desaparecimento das baleias francas e jubartes, a exemplo desta que morreu nesta manhã, encalhada em Búzios, no Estado do Rio, além de um terço de todos os animais e plantas ainda existentes no planeta. Segundo a instituição, veiculada em línguas asiáticas, europeias e do Oriente Médio, “a onda de extinção causada por humanos atingiu uma velocidade não vista desde a extinção dos dinossauros há 65 milhões de anos atrás”.
Avaaz, fundamentada na constatação que a “maioria das pessoas do mundo quer proteções mais fortes para o meio–ambiente, respeito maior pelos direitos humanos, esforços concretos para acabar com a pobreza, a corrupção e a guerra”, alerta para o fato de hoje existirem “apenas 300 baleias francas no Atlântico Norte e 99% das baleias azuis já foram eliminadas”.
“Estes majestosos gigantes estão ameaçadas de extinção e seu caso está sendo usado como exemplo repetidamente”, acrescenta o comunicado.
Os integrantes da rede informam, ainda que um acordo global para “criar, financiar e implementar áreas protegidas abrangindo 20% dos nossos mares e terras até 2020″ está em curso, no Japão, onde 193 governos estão reunidos para debater o assunto. “Mas sem a pressão pública, é provável que eles ficam aquém da ações ousadas necessárias para evitar o colapso dos ecossistemas de todo o mundo”, alertam.
Para o encerramento do encontro, que termina nesta sexta-feira, segundo a entidade, é preciso construir rapidamente um clamor público global pedindo para os governos salvarem a vida na Terra. Uma petição está disponível no endereço oficial da Avaaz  e o documento será entregue diretamente na reunião.
“Especialistas dizem que os políticos estão hesitantes em adotar um objetivo tão ambicioso, mas que um clamor público mundial poderá fazer a diferença, mostrando aos governantes que os olhos do mundo estão sobre eles”, alertam.
Ainda segundo a Avaaz, “ironicamente, 2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade. Os nossos governos já deveriam estar caminhando para “uma redução significativa da taxa atual da perda da biodiversidade”. Eles falharam repetidamente, cedendo para a indústria e trocando assim a proteção das espécies por lucros limitados. Nossos animais, plantas, oceanos, florestas, solos e rios estão sufocando sob fardos imensos de super-exploração e outras pressões”.
“Os seres humanos são a principal causa desta destruição. Mas podemos reverter a situação – já salvamos espécies da extinção antes. As causas do declínio da biodiversidade são vastas e salvá-la vai exigir uma guinada das promessas vagas, sem clareza de quem financia a proteção, para um plano ousado, com fiscalização rigorosa e financiamento sério. O Plano de 20/20 é justamente isto: os governos serão forçados a executar programas rigorosos para garantir que 20% das nossas terras sejam protegidas até 2020, e para isso aumentar drasticamente o financiamento.
“Tem que ser agora. Em todo o mundo o quadro está cada vez mais sombrio – há apenas 3.2 mil tigres na natureza, os peixes dos oceanos estão se esgotando e nós estamos perdendo fontes de alimentos ricos para a monocultura. A natureza é resistente, mas temos que prover espaços seguros para ela se recuperar. É por isso que esta reunião é fundamental – é um momento decisivo para acelerar ações baseadas em compromissos claros para proteger nossos recursos naturais.
“Se os nossos governos sentirem a pressão esmagadora do público para serem corajosos nós podemos convencê-los a aderirem ao plano de 20/20 nesta reunião. Mas para isto vamos precisar que cada um de nós que está recebendo esta mensagem, faça-a ecoar até chegar na convenção no Japão. Assine esta petição urgente abaixo e depois encaminhe-a amplamente”, diz o comunicado.
Este ano, os membros da Avaaz tiveram um papel fundamental na proteção dos elefantes, defendendo a proibição da caça às baleias, e garantindo a maior Reserva Marinha do mundo nas Ilhas Chagos. Esta comunidade tem demonstrado a possibilidade de definir objetivos ambiciosos e conseguir resultados consistentes.
“Esta campanha é a próxima etapa na batalha essencial para criar o mundo que a maioria de nós em todos os lugares querem – onde os recursos naturais e das espécies são valorizados e o nosso planeta está protegido para as futuras gerações”, conclui o manifesto.