quinta-feira, 21 de abril de 2011

Jubarte atravessa os mares praticamente em linha reta

Nem as condições do tempo nem as correntes marítimas desviam baleias de sua rota migratória. Segundo estudo, teoria atual não explica precisão.



As baleias jubarte conseguem nadar por milhares de quilômetros praticamente em linha reta, desviando-se menos de um grau, independente das condições do tempo e das correntes oceânicas. A habilidade foi medida por um estudo desenvolvido na Nova Zelândia, que usou satélites para rastrear 16 baleias que migravam rumo ao Norte a partir do Atlântico e Pacífico sul. Para pesquisadores, nenhuma teoria conhecida pode explicar a precisão dos animais.
Os cientistas acreditam que a maior parte dos animais que viajam longas distâncias se orienta usando uma espécie de bússola biológica baseada ou no campo magnético da Terra ou na posição do Sol. Mas a equipe do pesquisador Travis Horton, da Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia, afirma que nenhum dos métodos explica o caso da baleia jubarte. O trabalho foi publicado no periódico inglês Biology Letters.
"Parece improvável que apenas a orientação magnética e solar possa explicar a precisão no caminho dessas baleias", disseram os pesquisadores em um comunicado. "A forma de navegar desses animais pode nos ajudar a explorar mecanismos alternativos de orientação migratória", concluíram.



terça-feira, 19 de abril de 2011

Baleias jubarte ouvem e passam canções adiante, diz estudo


Registros das atividades das baleias jubarte mostram que elas são capazes de ouvir "canções" e transmiti-las para outros da sua espécie, a milhares de quilômetros de distância.
Pesquisadores na Austrália escutaram centenas de horas de gravações de baleias macho durante mais de uma década.
Essas gravações revelaram como um padrão musical específico, originado no leste da Austrália, passou adiante para populações de baleias na Polinésia Francesa, a seis mil quilômetros de distância - tal como as músicas que "grudam" nas nossas cabeças quando cantadas por outras pessoas.
As descobertas foram relatadas no periódico científico Current Biology.
'Tendências culturais'
A equipe de pesquisadores, liderada por Ellen Garland, da Universidade de Queensland, diz que as descobertas mostram que os animais transmitem "tendências culturais" por longas distâncias.
"Dentro de uma população, todos os machos cantam a mesma canção", explicou Garland. "Mas essa canção muda constantemente. Então queríamos observar a dinâmica das canções ao longo do oceano."
Para isso, ela e seus colegas estudaram as gravações de 775 canções de baleias jubarte, feitas por cientistas do consórcio South Pacific Whale Research.
"Vários sons diferentes compunham as canções", disse Garland. "Há gemidos, chiados e rosnados de baixa frequência, além de gritos mais altos e todas as variações de (notas) altas e baixas."
Padrões desses sons compõem frases, e as baleias repetem as frases - como versos repetidos - por até 30 minutos.
Com um software de análise de sons, a equipe de Garland descobriu que quatro novas canções desenvolvidas por uma população de baleias no leste australiano gradualmente se difundiram rumo ao oeste oceânico.
Dois anos depois de uma nova canção ter sido "inventada", baleias na Polinésia Francesa estavam cantando a mesma "versão".
Os pesquisadores creem que as baleias no Pacífico Sul podem ouvir e aprender novas canções durante sua migração anual para a Antártica.
"A população (de baleias) do leste da Austrália é a maior da região, com mais de 10 mil jubartes", explicou Garland. Como estão em grande número, elas podem ter maior influência sobre quais canções vão "pegar".
O biólogo Peter Tyack, do Instituto Oceanográfico Woods Hole, nos EUA, diz que o estudo australiano apresenta "uma nova maneira de olhar para a cultura desses animais".
"Eles são muito móveis, podem nadar centenas de quilômetros por dia. E suas canções são carregadas pelas águas", disse. "Então bastam alguns machos itinerantes agindo como embaixadores culturais para espalhar as canções (para outras populações)."
Cantores gigantes
Apesar de ainda haver dúvidas quanto a se as canções cantadas pelos machos são destinadas às fêmeas ou a eles mesmos, a maioria dos cientistas acredita que a música tenha um papel no processo reprodutivo.
"Observamos 'cantores' competindo entre si e fêmeas se unindo aos 'cantores', então acreditamos (que o ato de cantar) esteja associado à procriação", disse Tyack.
Patrick Miller, do centro de pesquisas de mamíferos aquáticos da Universidade de St. Andrews (Grã-Bretanha), disse que o estudo sugere que "alguns fatores de larga escala, antes não detectados, promovem as mudanças anuais nas canções das jubartes".
"Podemos apenas especular sobre esses fatores, mas a exploração disso certamente abrirá caminho para um novo entendimento da vida desses gigantes cantores e cosmopolitas."

Bebê orca é atração de parque na França.

O bebê orca e sua mãe durante apresentação no parque Marinelad, na França / Foto: AP

Um bebê fêmea de orca, de apenas um mês de vida, é o xodó do parque Marineland, em Antibes, na França. O filhote, claro, não desgruda da mamãe Wikie, de dez anos. A nova estrela do parque nasceu por meio de uma inseminação artificial com esperma de Ulysses, uma orca do Seaworld de San Diego, nos Estados Unidos.
Treinadora com a mamãe e a bebê orca / Foto: AP

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Correntes marítimas separam populações de golfinho

Pesquisadores descobriram populações geneticamente distintas do golfinho-corcunda do Indo-Pacífico, que podem ter sido criadas pelas correntes marítimas, diferenças de temperatura de superfície e outras barreiras ambientais nas águas oceânicas.
O golfinho-corcunda do Indo-Pacífico é um parente distante do golfinho mais comum. Ele está listado como “quase ameaçado” pela União Internacional para Conservação da Natureza.

Os habitats costeiros estão sendo prejudicados pelo desenvolvimento, de forma que a compreensão da estrutura populacional do golfinho corcunda do Indo-Pacífico em conjunto com fatores ambientais é um passo importante para proteger a espécie.
Porém, ao contrário do estudo das espécies terrestres, ou seja, em ambientes facilmente observáveis, as espécies marinhas são difíceis de seguir, e os obstáculos com que se deparam muitas vezes são invisíveis para os humanos.
Mesmo assim, usando tecnologias moleculares, dados de sensores, genéticos e satélites, os pesquisadores começaram a entender o que estava ocorrendo. Eles encontraram correlações entre as diferenças regionais de oceano e a quebra genética entre as populações de golfinhos de Moçambique e Tanzânia, na África, e Omã, na Península Arábica.
As duas regiões costeiras sem distinção genética detectada entre as populações de golfinhos, Moçambique e África do Sul, não tinham significativas diferenças ambientais. Mas eram diferentes da população de Omã e Tanzânia.
Os cientistas acreditam que as correntes oceânicas desempenham um papel importante na separação dessas populações. A corrente sul-equatorial, que vai para o oeste através do Oceano Índico, parece representar uma barreira entre as populações geneticamente distintas de Moçambique, Tanzânia e Omã.
A estação das monções também pode contribuir para que os pesquisadores disseram ser uma falta de migração para o sul (ou gene detectável de miscigenação) ao longo do litoral africano.
Os pesquisadores também descobriram que as diferenças de temperatura, clorofila, turbidez e matéria orgânica dissolvida coincidiram com as diferenças genéticas entre as populações de golfinhos.
O próximo passo da equipe é melhorar sua compreensão sobre como o ambiente marinho afetou a evolução desses animais.
Fonte: Hypescience



Mergulhando com Moby Dick


Estas fantasticas imagens mostram os mergulhadores com snorkels, frente a frente com um dos maiores cetaceos do mundo....os Cachalotes.
Aqui o fotografo e biologo marinho, Arun Madisetti, mostra o lado gentil do cachalote. As fotos foram tiradas em Dominica, no Caribe, aonde Arun vive hoje em dia.
A Comunidade de Dominica é conhecida regionalmente como a  capital do Whale Watching ( observacao de baleias) do Caribe, e cerca de 200 cachalotes são encontrados ao largo da costa, embora sejam difíceis de rastrear.

Os mergulhadores só usam snorkels, porque as bolhas de ar dos tanques de mergulho podem perturbar os belos animais.
Arun disse: Obter imagens de qualquer mamífero marinho seja para a pesquisa ou o prazer é geralmente uma mistura de horas de tédio,  juntamente com momentos inesqueciveis de ação e pura adrenalina.
Às vezes as baleias sobem até o barco para um check,  passam ao lado do barco, e raramente, param e comecam a rolar como se fossem um cachorrinho de 30 toneladas.
Em uma epoca, existiam aproximadamente  um milhao de cachalotes, que foram drasticamente reduzidos em questao de 200 anos, perseguidas pelo seu valorizado oleo branco, encontrado em sua cabeca e usado em velas, cosmeticos, sopas e maquinas de oleo.

O óleo em sua gordura foi utilizado em lubrificantes especializados, lápis, impermeabilização de couro e muitos compostos farmacêuticos. O âmbar, uma substância cerosa encontrada no estômago da baleia também foi usado como fixador para perfumes.

Os cachalotes têm o maior cérebro do mundo animal, e são os maiores animais com dentes.
Mergulham a  profundidades de ate três quilômetros para se alimentarem de lulas gigantes.
O som do clique que eles fazem, é também o mais alto som feito por qualquer animal.
Em 1820, um navio baleeiro americano, o Essex, foi atacado e afundado por uma baleia cachalote, que inspirou Herman Melville a escrever o conto clássico Moby Dick.
                                 Moby Dick









terça-feira, 12 de abril de 2011

Golfinho encontrado encalhado em Arraial D'Ajuda morre

Animal recebeu tratamento médico em Porto Seguro.

Redação CORREIO



Golfinho não resistiu e morreu no início da noite desta segunda-feira

O golfinho fêmea da espécie cabeça-de-melã que foi encontrado encalhado vivo no sábado (9/04) na Praia de Tauípe, em Arraial D'Ajuda, morreu no início da noite desta segunda-feira (11/04), segundo informações do Instituto Baleia Jubarte.
Segundo o Instituto, o golfinho sofreu uma convulsão e logo depois morreu. As causas exatas da morte só serão conhecidas após um exame no corpo do golfinho, já solicitado.
A fêmeia de 2,30 metro amanheceu nesta segunda com um estado de saúde delicado, segundo o Diretor de Pesquisas do Instituto Baleia Jubarte, Milton Marcondes. O animal recebeu medicamentos e tratamento no Projeto Amigo Tartaruga, em Porto Seguro.
Encontrado na Praia de Tauípe, em Arraial D’Ajuda, na tarde deste sábado, o golfinho chegou a ser devolvido ao mar por duas vezes, mas voltou a encalhar no mesmo local. Participaram do monitoramento e resgate o Instituto Baleia Jubarte e o Projeto Amiga Tartaruga. O Corpo de Bombeiros também colaborou, enchendo de água o tanque onde o golfinho ficou.

Winter, O Golfinho - Trailer (legendado)

Winter, o Golfinho (Dolphin Tale), filme com Morgan Freeman, Harry Connick Jr. e Ashley Judd baseado em fatos, ganhou o seu trailer legendado. Vai preparando o lenço...

O golfinho fêmea Winter, que foi resgatado na costa da Flórida e levado para o Aquário Marítimo Clearwater, protagoniza a versão ficional da sua própria história. Nela, um menino fica amigo do golfinho que perdeu sua cauda em uma armadilha para caranguejos - e mobiliza todos à sua volta para salvar o animal, criando um implante mecânico para substituir a cauda.

Charles Martin Smith (Desafio no Ártico) dirige o filme a partir do roteiro de Karen Janszen (Um Amor para Recordar). O filme estreia nos EUA em setembro, em 3-D. Ao Brasil, chega em 14 de outubro.

Aves indicam vinda de baleias



Terça-Feira, 12 de Abril de 2011
A chegada de aves migratórias como o piru-piru surpreenderam um grupo de turistas que passeava pelo litoral de Laguna neste fim de semana. É que a presença em grande quantidade deste tipo de ave indica a proximidade do início da temporada de migração também de outros animais, como peixes, pinguins e baleias franca.

Além das aves, os golfinhos da tainha, como são conhecidos os botos que auxiliam os pescadores em Laguna, também foram avistados por integrantes de um grupo de uma operadora de eventos, guiado pelo presidente do Instituto Baleia Franca (IBF), Enrique Litman. Segundo o presidente, estes são os primeiros sinais de que mais uma temporada de observação de baleias se aproxima. “Primeiro chegam estas aves; em maio, as tainhas; em junho, os pinguins; e em julho, as baleias franca”, explica Litman.

O número de baleias franca avistadas aumenta a cada ano. Em 2009, foram 62 animais e em 2010, 102. “Não dá para prever quantas baleias virão este ano, mas temos observado que há um aumento no número de animais a cada ano, apesar de 2009 ter sido um ano atípico, quando vieram menos baleias. Nossa expectativa para este ano é muito grande”, afirma a bióloga do IBF, Mônica Pontalti.

De acordo com Mônica, as baleias levam, em média, três anos para retornarem ao Litoral catarinense. “Tem uma teoria, mas estamos estudando os dados para confirmá-la, de que leva em média três anos para as baleias retornarem após ganharem o filhote. Isso porque se ela vem para acasalar, depois volta para ganhar o filhote, mas fica um ano acompanhando o bebê e mais um ano para se recuperar. Só então ela volta para se acasalar novamente”, relata a bióloga. Além do Litoral catarinense, muitas baleias franca também migram durante o período de acasalamento e parto para o Litoral da Argentina.

Fonte: Jornal Diário do Sul