terça-feira, 26 de outubro de 2010

Após tentativa frustrada, resgate de baleia é remarcado para madrugada

Bombeiros passaram a tarde desta terça (27) tentando desencalhar a baleia na Praia de Geribá, em Búzios (Foto: Reuters)

26\10- Bombeiros de Búzios, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, marcaram para as 4h30 desta quarta-feira (27) mais uma tentativa de resgate da baleia que está encalhada na Praia de Geribá desde a tarde de segunda-feira (25).
O animal, da espécie jubarte, está amarrado por cordas e já foi colocado de frente para o mar, segundo os bombeiros, que esperavam que a maré alta na noite desta terça-feira (26) facilitasse o desencalhe. Mas, como a baleia continuou presa em um banco de areia, uma nova tentativa de resgate teve de ser marcada.
Esta será a segunda madrugada que bombeiros e voluntários vão se revezar para manter a baleia hidratada, jogando constantemente água sobre a pele do animal, a fim de evitar seu ressecamento e morte.
Um rebocador cedido pela Petrobras chegou à praia na tarde desta terça e está sendo usado na operação de resgate. De acordo com informações de bombeiros do município, a embarcação está a 1,6 mil metros da praia.
A baleia tem cerca de 12 metros de comprimento e pesa em torno de 25 toneladas. Bombeiros e especialistas estudam a melhor forma de o animal ser levado para depois da arrebentação e não volte a encalhar em outros bancos de areia da região.
Apesar da chuva e do frio, voluntários passaram a madrugada desta terça acampados na praia, para monitorar as condições do animal. “Quando a maré secou muito, a baleia ficou ressecada. A gente teve que ficar se revezando para lançar água com baldes. Foi o suficiente para mantê-la viva”, contou o voluntário Raoni Lemos.
De acordo com biólogos, o animal estaria voltando do Nordeste brasileiro, rumo à região da Antártida, depois do ciclo reprodutivo. Em cerca de dez horas, foram pelo menos cinco tentativas de resgate, sem sucesso.
Segundo especialistas, o animal está fraco e precisa ser resgatado o quanto antes. “O animal está em uma condição de estresse, sem alimentação, mas a gente não pode desistir. Existe a possibilidade de a gente conseguir retornar esse animal ao mar”, ressaltou o pesquisador Jaílson Fungêncio, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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