quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Baleia encalha em praia de Laguna-SC, e uma semana depois sofre eutanásia

Este fato aconteceu em Setembro de 2010

Cronologia

Foto:Marcelo Becker

Terça-feira, 7 de setembro. A Polícia Militar Ambiental recebe pela manhã a informação de um pescador de que uma baleia franca encalhou na praia, em Laguna. Pesquisadores começam a monitorar o animal e tentam fazer o resgate, sem sucesso.

Foto:Marcelo Becker

Quarta-feira, 8. Especialistas buscam um rebocador para tentar remover o animal da areia. Cerca de cem pessoas, entre curiosos, ICM Bio, polícia e projeto Baleia Franca vão ao local para acompanhar o resgate, mas o mar agitado dificulta os trabalhos. Depois de mais de 24 horas de encalhe, o animal fica com a saúde cada vez mais debilitada e apresenta frequência respiratória lenta. O local é isolado, e os especialistas passam a cogitar a eutanásia, se as tentativas de resgate não derem certo.


Foto:Marcelo Becker
Quinta-feira, 9. A baleia franca encalhada apresenta sinais de exaustão. Para evitar que o animal fique desidratado, especialistas jogam água sobre o corpo do mamífero. Eles se esforçam para resgatar o animal, mas a operação se mostra complicada pela localização da baleia. O uso de rebocadores é descartado, porque os barcos não conseguiriam chegar próximo o suficiente do local onde a baleia está. Diminuem as chances de sobrevivência do animal, que mede 15,80 metros e pesa entre 40 e 50 toneladas.

Foto:Marcelo Becker

Sexta-feira, 10. Há dias lutando para resgatar a baleia, os especialistas verificam que o animal continua em estado de choque. O mamífero não se move mais e apenas respira. Voluntários recolhem a água do mar com baldes para jogar sobre o corpo do animal e evitar o ressecamento da pele. O sacrifício da baleia era visto como a única alternativa para evitar que o animal agonize por mais tempo na praia, até morrer. Os especialistas, após esgotarem as possibilidades de resgate, decidem pela eutanásia. No começo da noite, são aplicados os medicamentos


Foto:Marcelo Becker

Sábado, 11. Mesmo recebendo uma alta dose de medicação, a baleia ainda resiste e agoniza na praia. A resistência do animal surpreende os especialistas, que monitoram o mamífero. Sem mais alternativas, a equipe segue cuidando da baleia e aguarda a morte natural do animal. 


Foto:Marcelo Becker



Foto:Marcelo Becker

Segunda,13 Envolvidos em nova tentativa de sacrifício da baleia buscam recursos para conseguir as novas doses de medicamentos a serem aplicados no animal, na segunda tentativa de sacrifício. Na primeira tentativa de sacrificar o mamífero, foram usados recursos da Universidade do Estado de Santa Catarina, mas os especialistas decidiram aplicar uma outra medicação, já que a utilizada anteriormente não provocou a morte da baleia. Antes da noite, empresários locais cederam recursos para a compra do medicamentos. A equipe de especialistas volta a se reunir por três horas para decidir quando o processo de morte terá início. 

Terça, 14 Durante a madrugada, equipes aproveitam a maré baixa para dar início à segunda tentativa de sacrifício da baleia. Aplicação de medicamentos ocorre com sucesso e animal morre em seguida. 

Novo procedimento de eutanásia foi realizado
durante a madrugada desta terça (14).
(Foto: Divulgação/ Projeto Baleia Franca)









Força-tarefa

Participaram das operações de tentativa de resgate e sacrifício da baleia franca integrantes da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, do Centro de Mamíferos Aquáticos do Instituto Chico Mendes (ICM), Projeto Baleia Franca (PBF), Instituto Baleia Franca (IBF), Associação R3 Animal, Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), do Laboratório de Mamíferos Aquáticos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), da Capitania dos Portos, além de representantes da Polícia Militar Ambiental e dos Bombeiros.




 (Foto: Guto Kuerten/ Diário Catarinense/ Agência RBS)






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