quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O ruído no oceano e sua relação com a morte de baleia


Pela segunda vez em menos de 60 dias, cerca de 80 baleias piloto encalharam na costa da Nova Zelândia e metade dos cetáceos morreram nas praias. De acordoo com os cientistas, esses animais estabelecem fortes vínculos e procuram ajudar a outros membros do grupo quando este está com problemas. Testemunhas indicaram que alguns dias depois desta massiva desorientação de baleias ainda continuavam chegando mais cetáceos na costa, animais que, finalmente, terminavam encalhados.
Infelizmente este terrível espetáculo se torna cada vez mais frequente. Em março do ano passado, na praia Naracoopa, na Tasmânia, morreram 150 cetáceos. Famílias inteiras saíram de suas casas para ajudar os mais de 200 golfinhos e baleias que acabaram encalhados na praia, mas pouco puderam fazer. Naquela oportunidade, Mark Simmonds, especialista da Sociedade para a Preservação de Baleias e Golfinhos, indicou que talvez as ondas emitiras por um sonar militar pode ter assustado os cetáceos, já que, de acordo com ele, estes aparados produzem sons semelhantes aos das orcas quando caçam.
Sons assassinos
Jean-Michael Cousteau, em uma entrevista do El Mundo em 2004, explicou: “estas criaturas encontram sua comida e se orientam e se relacionam entre elas através dos sons. Os barcos cada vez que emitem mais ruídos no oceano e a indústria petroleira realiza explosões no mar, algumas muito potentes. Todos estes sons confundem os animais e os afetam até o ponto que pode provocar sua morte”.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia (UCSD) realizaram uma investigação conjunta com especialistas da Suécia e seus descobrimentos revelam que o ruído que os humanos introduzem no oceano não só afeta os cetáceos, mas também muiotas outras espécies. “Os humanos introduzem quantidades consideráveis de sons e ruídos nos oceanos de todo o mundo e isso pode provocar graves problemas, pois muitos organismos marinhos empregam profusamente o som como principal método sensor devido à luz que não penetra com facilidade na água”, explica o professor Peter Krysl, engenheiro de estruturas da UCSD.

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